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sábado, 28 de dezembro de 2013

PAPA FRANCISCO «Educar na Harmonia!»


Um mundo de ilegalidades. (Capº 19)

O Novo Papa, “Mário Bergoglio”, no livro, “Só o Amor nos Salvará” recentemente dado à estampa procura dar a conhecer as dificuldades que gostaria de ver terraplanadas durante o pontificado que auspiciosamente iniciou.

As comparações que estabelece são muito apropriadas e sugestivas: «educar na harmonia», está no centro das preocupações.

Ao percorrer a Cidade de Buenos Aires depara-se, por vezes com grandes edifícios que podem ser escolas, liceus universidades, etc. Isso é motivo para que pense nos métodos de ensino praticados, e avalia também o grau de eficácia, do qual a sociedade argentina beneficiará ou não, para seu bem estar.

Os grandes edifícios não deixarão de lhe sugerir grandes fábricas, modernamente equipadas e de alto rendimento.

«Fábricas modernas e de alto rendimento» sugerem-lhe o lado quantitativo. Governo e responsáveis preocupados com a quantidade esqueciam a qualidade! E isso deixava-o triste!

Os edifícios das escolas lembravam-lhe imensas fábricas de pão; «pão industrial!»

Lembravam-lhe os tempos em que lá em casa se cozia:

- Forno aceso; deixava-se esquentar.

- Lembrava-se dos cuidados que havia no amassar à mão. Farinha, bem escaldada; juntava-se o fermento e, amassava-se!

- “É no bem amassar que se faz melhor pão.”

- Recolhia-se a fornada a um lado da maceira e alisava-se a superfície para que se notasse o rachinar da levedura;

- «Fazia-se lhe uma Cruz;»

- «Havia uma oração apropriada»;

- «Cobria-se com “o saco de linho da fornada” e ficava um tempo a levedar.»

- Forno aceso; deixava-se esquentar;

- Só estava bem aquecido quando a “pestana do forno” se tornasse branca.

Era grande a sintonia entre o progresso do levedar e o aquecimento do forno.
Levar a massa ao forno parava a levedura. Quem cozia sabia “sentir” o momento exacto de “meter o pão”.

E comparava o pão caseiro… amassado à mão, com todo o amor! Cozido em forno a lenha! Recordava-se do paladar! Era pão que durava de uma semana até à outra e nada se perdia!

Lembrava-se das escolas de aldeia, com a sua mestra!

Naqueles tempos, os santos da terra, «e até os de casa!»… faziam milagres!

Naqueles tempos, «era com o amor que se faziam os milagres!»

PAPA FRANCISCO “Só o Amor Nos Salvará”


Um mundo de ilegalidades. (Capº 19)

Francisco, o Papa “Jorge Mário Bergoglio” fez publicar em Abril do ano corrente, o livro “Só o Amor nos Salvará” em que procura dissecar o panorama da terra que lhe confiaram «para semear»; sendo muito natural que encontre semeadores que o compreendam e as «façam produzir.»

O Papa Francisco procurará, naturalmente combater algumas das várias assimetrias que presenciou. A Cidade de Buenos Aires da qual foi bispo não podia escapar à sua perspicaz investigação e logo nos encontramos face aos “40 mil cartoneros”. (Homens que recolhem, pelas ruas caixas de cartão, para reciclar.»

Um exército de “40 mil cartoneros”, onde se incluirão muitas mulheres e muitas crianças; gente pobre, esfarrapada e faminta, por força havia de chamar a atenção do Bispo Bergoglio que não esconde que a maioria do Povo é pobre, e que mais de metade, são crianças.

Para transportar o cartão, os “cartoneros” começaram por utilizar carroças puxadas por cavalos.

Entretanto os edis fizeram sair uma portaria proibindo que, na cidade fossem proibidos transportes de tracção animal e que os transportes que aparecessem em contravenção, seriam confiscados!

A ordem era a valer! Teria de ser cumprida!

Os cartoneros, de qualquer modo, ainda que fosse “em contra vento e maré”, teriam de recolher cartão e entregá-lo ao comprador, para que pelas famílias, houvesse que comer.

Não havendo outro remédio, saíram os adultos a puxar as carroças e as mulheres a empurrar e as crianças a recolher o cartão e a ajudar a empurrar a carroça!

E o «snr. Cavalo» levou a melhor sobre o homem que, hoje desempenha funções de “animal”, sem que «tal qualidade lhe seja reconhecida!»   


Depois que saiu o edital os, cavalos ficam-se lá pelas “pampas” a saborear as tenras pastagens argentinas, enquanto o “homem” lá se entende com a tracção da carroça!

Sendo o Homem um animal, segundo a Portaria, continua a ilegalidade com a tracção humana, porque o Homem «não deixa de ser animal.»

Por tudo isso que achei sábio e justo o título do livro, “SÓ O AMOR NOS SALVARÁ”.









terça-feira, 24 de dezembro de 2013

CACHADINHA! Onde vai o teu cantar?


Tinham já passados uns anos depois que numa noitada das Feiras Francas ali encontrei o alegre cantar de José Cachadinha e o desafio da concertina.

Numa Segunda-Feira, dei uma volta pelo belo centro histórico de Ponte de Lima.
Procurei naquele pequeno largo a tasca do Senhor José Cachadinha e, qual não foi o meu espanto, ao dar com tudo fechado estranhando, inquiri e logo me puseram ao corrente e contaram-me a saga de José Cachadinha!!!




O que seria de ti, Ponte de Lima, sem as tuas concertinas? Que fazer da Ribeira Lima sem cantadeiras! Oh Minho da música, da dança e da animação… para onde irias sem folclore?
Esta inesquecível Ribeira Lima colorida, bem cantada e tocada e bem saboreada… só visto!
Ribeira alegre! Campos de verdura fresca como a alegria do vinho verde, saltitante!
Gente esforçada e generosa… cantadores que melhor cantam quando a “voz” mais lhes dói!
Os tocadores só emudecem quando os braços já mal podem dar à concertina!
A gente do Minho é assim! Vai de roda. Vai em frente e nem a generosidade não se lhe acaba! Vai até mais não poder!

Zé! Fizeste falta!
O Minho ainda precisava muito de ti!
O que será da Ribeira Lima se não houver quem a cante?
O que será de ti, Ponte de Lima sem as tuas concertinas!?!

- Canta sempre Zé!
Quem canta seu mal espanta!
- Canta Zé”! Faz falta o teu cantar!!!




A cantar também se chora.
Pela tua Ribeira Lima, parece ouvir-se ainda teu cantar.

Canta Zé!!! Canta Cachadinha!
Podes cantar de contente!
Era alegre o teu cantar…

mc santos leite









S. ROSENDO


S. Rosendo foi, em todos os tempos, o homem que mais se destacou, entre os nascidos nas Terras da Maia. *)

A Reconquista e a Fundação do Reino deram motivos a que muitos homens, de modo notável se ilustrassem pelas armas e pela diplomacia, dando grandiosas provas da própria valia e da grandeza do seu Povo.
Pensamos em Gonçalo Mendes da Maia que pelejou durante décadas até entregar a vida aos 93 anos, escorraçando os mouros lá pelo Alentejo!

S. Rosendo nasceu em 907 em S. Miguel do Couto segundo alguns, segundo outros em Monte Cordova, hoje Santo Tirso.
Era descendente gente de sangue azul, aparentada com a Casa Real asturo leonesa Família de guerreiros, políticos célebres, de santos e de rainhas! Filho de Guterres Mendes e de D. Ilduara, senhora notavelmente bondosa falecida em odores de santidade.
Foi filho muito desejado pela mãe, que não conseguiu vingar nenhum dos vários anteriores e que nesse sentido continuamente impetrava a intervenção de S. Miguel.
Foi baptizado na igreja de S. Miguel do Couto que então se acabava de construir.

Ingressando na vida eclesiástica muito novo, foi logo notado pela sua fé, firmeza de carácter e bondade. Logo aos dezoito anos foi elevado ao bispado
e nomeado Bispo de Mondonhedo, na Galiza, onde se refugiaram os Bispos do Porto, quando os árabes perigosamente se aproximavam.
José Matoso diz que o bispo do Porto, se refugiara em Mondonhedo enquanto que o de Braga foi para Lugo!
S. Martinho de Dume, que teve responsabilidades sobre a disciplina conventual e episcopal no noroeste peninsular, foi o primeiro bispo a refugiar-se em Mondonhedo e S. Rosendo, a seu tempo, viria a suceder-lhe nesse mesmo cargo e daí a enorme influência que viria a assumir nestas vasta área entre o mar Cantábrico e o Rio Douro.


Foi o fundador do Mosteiro de Celanova, fundado em terrenos da família e aí viveu e se encontra sepultado - numa urna em prata num nicho da tribuna do altar-mor da igreja do Convento.
Faleceu a 1.03.977.


Mosteiro de Cela nova impressiona estrondosamente pela imponência da sua frontaria clássica construída em granito ourensano, adusto e dourado. Tem três naves de dimensões e características possantes das naves das nossas sés. Não lhe faltando o riquíssimo e belo claustros barroco também de granito profusamente trabalhado de que sobressaem pesadas colunas torsas.
No interior a talha esculpida em ornato de inexcedível folhagem e revoltas, belamente dourada com os proventos do México e doutras terras dos tempos áureos de mil e quinhentos.
O minúsculo e preciosíssimo oratório de S. Rosendo, uma deliciosa capelinha do século X em estilo moçárabe de que sobressai o "mirab" e que tão bem emparelha com a nossa, mais recente, de S. Frutuoso de Montélios, perto de Braga, fazem da visita, momento de eleição a não mais esquecer.


S. Rosendo manteve a esperança de se retirar para Celanova e acabar aí os dias entre os seus monges; Por isso resignou muito cedo das suas funções episcopais.
Celanova professava uma Regra muito próxima da de S. Bento que era e é tida por psicólogos e médicos como uma regra benigna, saudável e que permite aos monges em boa forma física e mental.

O cargo de responsável máximo por esta vasta ária eclesiástica levou a que tivesse sido várias vezes encarregado pelo rei que sempre o chamava quando nobres ou prelados se achavam divididos, como pacificador, governador e o seu prestígio levara-o a desempenhar cargos pontuais importantes em tempos difíceis.
De uma vez o bispo de Iria e S. Tiago, Sisnando II, tinha sido preso, tempos antes por ordem do rei.
Uns tempos depois os Normandos ameaçavam assolar a Ria de Arousa. A invasão maior foi a de 968. Na imergência o rei ordenou a S. Rosendo que se dirigisse sem demora a Compostela, onde assumiu as responsabilidades do bispo destituído e desbaratou os nórdicos. Entretanto o rei morreu e o bispo Sianando vendo-se restituído à liberdade correu a Santiago onde se encontrava S. Rosendo.
Era noite quando entrou pela Catedral, de espada em punho, dirigindo-se ao local onde S. Rosendo se encontrava a descansar com os seus homens - diz-se que nem genuflectiu quando à passagem pelo sacrário! Com a ponta da espada retirou as mantas que cobriam o santo e logo lhe impôs:
Ou renuncias ao bispado ... ou morres já!
Meio aturdido com a surpresa S. Rosendo respondeu:
- Quem com ferros mata, com ferros morre!... e sem demora dirigiu-se a Celanova.
 Sisnando viria a morrer dias depois, vitimado por uma seta, quando novamente procurava defender-se dos Viking´s.
Daí que povo tomou a célebre frase de S. Rosendo como profética; aumentando a admiração geral pelo Santo.


S. Rosendo estava ainda no vigor dos anos quando constou ao rei de Leão que os infiéis irrompendo do Sul com forças poderosas se dirigiam à Galiza.
Quando S. Rosendo recebeu então ordens expressas do rei para mobilizar tudo aquilo que fosse possível e se dirigisse sem demora a por travão à marcha dos invasores.
S. Rosendo era verdadeiramente o único homem que o rei de Leão dispunha com prestígio e capacidade de recrutar rapidamente um exército minimamente capaz de se opor aos infiéis!
 Expedindo ordens rápidas por todo o reino e sem perda de tempo marcharam para Sul, muito provavelmente para esta região ao Norte do Douro e como pode lá foi cortando o passo ao temível inimigo; que embora mais possante e numeroso estava exausto e se afastava das suas bases enquanto que combatia um pequeno exército, mais apoiado pela população, que crescia à medida que retirava.
Vendo o avanço no terreno cada vez mais dificultado o agareno desistiu antes que ultrapassasse o Rio Minho.
Os mouros não foram vencidos em combate, mas o facto de S. Rosendo ter impedido que ultrapassassem o Rio Minho foi tido por todos mais que uma grande vitória como um grande milagre.

*)- A Terra da Maia ia do Minho ao Rio Tâmega.


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Francisco pelas ruas de Roma ao encontro dos pobres...


O Papa Francisco gostaria de visitar os pobres à noite
ROMA, 29 de Novembro de 2013
Muitos já tinham imaginado a cena: um homem vestido de branco que, na calada da noite, distribui esmola aos pobres nas ruas de Roma. É uma das tantas “lendas urbanas” sobre o Papa Francisco, mas com um fundo de verdade.
Quem realmente executa esta avtividade é monsenhor Konrad Krajewski, esmoleiro de sua Santidade, que admitiu: "Quando eu lhe dizia que ia ter com os pobres, ele perguntava-me se podia vir comigo".
Encontrando-se com um grupo de jornalistas, dom Conrado (por esse nome é familiarmente conhecido monsenhor Krajewski no Vaticano) tratou de forma alegre aqueles que lhe perguntavam se alguma vez o Papa o tinha efectivamente acompanhado nas suas saídas nocturnas. “Por favor, peço-vos, façam-me outra pergunta”, disse, sorrindo. o bispo polaco.
Sabe-se que, durante os anos do seu ministério episcopal em Buenos Aires, o Cardeal Jorge Mário Bergoglio, normalmente era encontrado entre as pessoas marginalizadas da capital argentina. Em Roma, porém, isso seria logisticamente muito inconveniente, tanto para o Papa, como para a Guarda Vaticana. Ao Papa foi, então, desaconselhado uma presença nocturna “on the road” por motivos de oportunidade e segurança.
"Nós rapidamente percebemos que poderia haver problemas de segurança. É uma coisa complicada. Mas ele é assim, não pensa nos problemas”, explicou o esmoleiro.
O próprio facto de que monsenhor Krajewski não tenha confirmado, nem negado, uma presença do Papa ao seu lado, durante as visitas nocturnas aos pobres, fez pensar que algumas vezes o Santo Padre possa ter realmente ido.
Além disso, o prelado brincou: “Quando digo ao Papa que saio esta noite para a cidade, há sempre o risco de que ele venha comigo".
O que é certo é que o pontífice argentino tem particularmente no coração a actividade do seu esmoleiro ao qual disse um dia: “os teus braços serão uma extensão dos meus braços”. Cada pobre que encontre, “dom Conrado”, abrace-o, dando-lhe simbolicamente o abraço do Papa.
"Olhe - disse uma vez Francisco - estes são os meus braços, são limitados, se os estendemos aos de Conrado podemos tocar os pobres de toda a Itália”.
Desde o momento da sua nomeação, no passado mês de Agosto, monsenhor Krajewski , que dá voltas por Roma a bordo de um Fiat Qubo, visitou 15 casas, dormitórios e famílias necessitadas.
Há pouco tempo foi a Lampedusa, onde levou 1600 cartões telefónicos aos sobreviventes. depois do último naufrágio perto da ilha.
Seguindo o conselho do mesmo Papa Francisco, o esmoleiro pontifício renunciou à sua escrivaninha: “não combina contigo, podes vendê-la”, disse-lhe o papa
“Dom Conrado” não espera que os pobres toquem à porta dos Muros Leoninos: é ele mesmo que sai por aí procurando-os, e também esta é uma indicação precisa de Bergoglio.
Foi também o papa a dizer-lhe: "Sempre que alguém te chame de "Excelência", pede-lhe a taxa para os pobres: 5 euros!”
Normalmente monsenhor Krajewski distribui aos pobres de 200 a 1.000 euros por dia. A instituição de caridade que dirige é definida por ele como o "Pronto Socorro do Papa”: só em 2002, este departamento pontifício distribuiu aos pobres um milhão de euros.
Sempre que Francisco encontra o seu esmoleiro, pergunta-lhe se precisa de dinheiro. Uma vez disse-lhe: “a conta está boa quando estiver vazia: significa que o dinheiro saiu para fazer o bem”.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

AS MÃOS DE DEUS

Ninguém viu as mãos de Deus! Alguns, não as vendo… sentem-nas!

O duro Inverno e o frio vão anunciando em força, as gélidas noites das vésperas de Natal!
Ao entardecer movimentos dos faróis denunciavam contínuas manobras de um carro de instrução pelos arruamentos inacabados da futura urbanização.
A dado momento o carro parou; O instrutor tinha lançado repentinamente a mão à chave de ignição e parou o motor da viatura.
«- Também ouviu? Perguntou ao aluno.»
Antes que respondesse o instrutor apurou o ouvido e abriu a porta, de mansinho. Ouviu-se distintamente o gemido de um Bé-bé.
Na noite escura e gelada procurou encontrar um ponto onde estivesse a origem do gemido; Tinha a certeza de estar por ali um Bé-bé; E procurava encontrá-lo.
 
Um pouco além encontrou uma criança com poucos minutos de vida. Pousado nas ervas brancas de gelo que cobriam agreste monte de pedras.
A inapropriada ajuda do instrutor e do instruendo anteciparam-se aos vizinhos e à aos bombeiros que dentro em pouco entregavam o pequeno ser na maternidade.
O menino entregue às «gesperas da neve», como dizem os “vareiros”, deram-lhe o nome de José Maria.
«Ao menino e ao borracho, Deus lhe põe a mão por baixo.»
As Suas mãos… nunca Deus as deixa ver!


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O Sinal da Cruz


Via Ana M. Ferreira
Obrigado

S. Josemaría Escrivá

Fundador do Opus Dei

"Onde estiverem as vossas aspirações, o vosso trabalho, os vossos amores, é aí que está o sítio do vosso encontro quotodiano com Cristo. É no meio das coisas mais materiais da terra que devemos santificar-nos, servindo Deus e todos os homens.
Na linha do horizonte, meus filhos, parecem unir-se o céu e a terra. Mas não; onde se juntam deveras é nos vossos corações, quando viveis santamente a vida de cada dia ..."

(S. Josemaría Escrivá de balaguer, da homilia amar o mundo apaixonadamente, 8-X-1967)

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Domingos Jorge

  Família do Beato
Domingos Jorge
Martirizada no Japão
Em 1619

«Os primeiros portugueses chegaram ao Japão em 1543»; mercê do entusiasmo de S. Francisco Xavier e do ânimo dos Jesuítas começaram a evangelização por Nagasaki, grande impório comercial, onde os católicos contavam duzentos e cinquenta mil fiéis.
Em 1587 já o “shogun Toicosama” criava os primeiros atritos com os cristãos obrigando muitos Missionários a viver na clandestinidade, disfarçando-se de mercadores e evangelizando de forma discreta.
Depois de um período de acalmia o shogun «desencadeou nova perseguição que viria a durar décadas, causando incalculável número de Mártires; dizimando famílias inteiras e sem poupar crianças de tenra idade». Não obstante a Igreja continuou a crescer.

Domingos Jorge e família
Entre inúmeros Mártires da fé destaca-se Domingos Jorge, natural de S. Romão de Vermoim, Maia, a esposa Isabel Fernandes e o filhinho Inácio de quatro anos de idade; Beatificados em 7.05.1867.
«Domingos Jorge passou pela Índia, como soldado e levado depois, por espírito de aventura, até ao Japão» onde casou com uma jovem japonesa, baptizada. O pequeno Inácio tomou o nome do fundador da Companhia de Jesus.
Um dia Domingos Jorge recolheu em casa dois missionários em serviço na localidade e «às 11 horas da noite do dia 13 de Dezembro de 1618», soldados assaltaram-lhes a casa e prendendo os missionários.
«Não foi com surpresa nem com pesar que Domingos Jorge recebeu notícia da condenação à morte pelo fogo, tendo este desabafo:

«Mais aprecio eu esta sentença do que se me fizessem senhor de todo o Império do Japão»

Domingos Jorge fez a pé o percurso para a “Colina dos mátires” acompanhado de outros cristãos condenados à morte em fogo lento
«Para impedir os cristãos de recolher relíquias, os algozes até os ossos lhes retalharam, para que ardessem mais facilmente».

Excerto do texto oferecido pelo emérito Arcebispo Bispo do Porto, D. Júlio Tavares Rebimbas, em 10.12.1994; Casa de Vilar, Porto.
Domingos Jorge, Isabel e o filhinho de quatro anos foram beatificados pelo Papa Pio IX em 7.05.1867, incluídos num grupo de 205 mártires.
O Papa publicou este Breve de beatificação:

«Domingos Jorge, com a esposa Isabel Fernandes e o filho de quatro anos, foi levada ao local do martírio pelos algozes. Dele se lê nas actas algo que parece prodigioso, pois, imóvel, sem dar um ai, ao ver a cabeça da mãe rolar, como se desejasse associar-se á confissão de fé da sua mãe, com a mesma alegria mostrada por ela, perante a admiração da multidão que presenciava, oferece ao algoz o pescocinho para ser decapitado».

quinta-feira, 20 de junho de 2013

São DANIEL COMBONI

Daniel Comboni
Missionário, primeiro bispo da África central

Nasce em Limone sul Garda (Itália) a 15 de Março de 1831.
Abraça o ideal missionário no Instituto do Pe. Mazza, em Verona.
Ordenado sacerdote em 1854, parte para África três anos depois.
Confiando que os africanos se tornariam obreiros da própria salvação, dá vida ao projecto de "Salvar a África com a África" (Plano para a Regeneração da África 1864).
Fiel ao lema "África ou morte", apesar das dificuldades, funda em 1867 o Instituto dos Missionários Combonianos e, em 1872, o das Irmãs Missionárias Combonianas.
Voz profética, anuncia à Igreja, reunida no Concílio Vaticano I, que chegou a hora de África.
Consome todas as energias pelos africanos e bate-se pela abolição da escravatura.
Sagrado bispo da África central em 1877, morre, extenuado pelo cansaço e pelas cruzes, a 10 de Outubro de 1881 em Cartum, no Sudão. Tem apenas 50 anos.
As Missionárias Seculares Combonianas (1969) e os Leigos Missionários Combonianos (1993) são os frutos mais recentes do carisma comboniano.

Missionários Combonianos 
 

quinta-feira, 18 de abril de 2013

«- HABEMOS PAPAM!»

O Povo tem dificuldade de aceitar a “opressão” da “sede vacante” que ocorre quando há mudança de Papa.
Não sei se cria no povo um “sentimento de orfandade” semelhante àquele que ocorre com as abelhas: logo falta da “abelha-mestra”, apercebemo-nos de penoso sentimento de “orfandade” no enxame; a que se segue a dispersão da colónia.

«- masaqui estamos!»
- disse!

A “sede vacante” criou um sentimento de orfandade tão forte que ultrapassou o cristianismo. Outros povos deram mostras inquietação.
Com a eleição de Francisco todos se associaram ao nosso júbilo.

Um Papa que morava no Bairro X; apartamento Y, 25º andar -T. Que vem de transporte público para o emprego, ou de bicicleta, se está bom tempo!
Quando chega a casa, ainda vai cozinhar a frugal refeição!


« francisco… encantou

 (WIKIPEDIA – Papa FRANCISCO)

Santo Inácio de Loiola


São Francisco de Assis - Fundador da ordem Franciscana

O Papa Francisco é discípulo de Santo Inácio de Loiola, fundador da Companhia de Jesus; o que leva a pensar que entre eles há linhas de pensamento fortes e muito válidas.

Santo Inácio apercebera-se de que o Homem, no seu íntimo, tem vocação para a eternidade e deseja a salvação.

Martins Lopes S/J, escrevendo sobre Santo Inácio, diz-nos que o grande Santo teve pleno êxito na sua reforma porque levou a que o indivíduo fizesse autocrítica, com sinceridade; procurando configurar-se com o mal que em si quer corrigir e eliminar!

(1) - Apontava ao crente a necessidade de adquirir absoluto domínio sobre si próprio; ao ponto de se tornar capaz de não se deixar arrastar pelas circunstâncias.

(2) - Fazer com que organizasse a vida liberto de pecados de modo a não se deixar corromper e a sentir-se livre para poder servir a Deus e aos homens;

(3) - Tomar consciência, indelével de que Deus é para nós o maior valor absoluto;

(4) – Levar o homem a descobrir que a salvação da alma é fim superior e único, a que deve aspirar todo o Homem que quer ser transformado pela força divina.

Mas a “caminhada” deve fazer-se com ajuda.

  Santo Inácio de Loiola - Fundador da Companhia de Jesus

terça-feira, 26 de março de 2013

- FRANCISCO E “CRISE”


Francisco um dia, em Gúbio, ouviu falar de um grande lobo que atacava gente, pela serra onde o Povo pastoreava os rebanhos .

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Our Lady of Guadalupe

Celestial Patroness of the Americas
Empress of the Americas
Star of the New Evangelization


The history of the miraculous image of Our Lady of Guadalupe has its beginnings one cold, early dawn on the 9th of  December, 1531.
It was Saturday and Juan Diego, a native recently converted to Catholicism, had begun the long walk to attend his religious instruction class. As he neared the hill of Tepeyac, in the valley of Mexico City, he heard the exquisite singing of many birds. Where am I? he wondered. Am I in the land of heaven? Suddenly, he heard a gentle, sweet voice calling his name. Puzzled, he looked around and there stood a lady, beautiful beyond imagination, her robs shining like the sun, the rock upon which she stood projected bright rays of light, the earth around her radiated the colors of the rainbow, the weeds and cactus were like emeralds and
turquoise, the thorns like gold.
In awe, he fell to his knees. "My son", She said, "I want you to go to the Bishop and tell him to build me a sacred house here, so that I can console and help all those who seek me, and give them all my love".
Realizing that this was a request from a Heavenly Lady, he hurried off the see the Bishop. When he told him what had happened, the Bishop rebuked him, "Juan Diego, this is only your imagination", and he sent him away.
Troubled and sad, Juan Diego returned to tell the Heavenly Lady that the Bishop would not listen to a poor, humble Indian like himself, that instead She should send a nobleman, so that then the Bishop would believe the message. "I have chosen you, Juan Diego, to be my messenger. Go, do as I ask of you".
The next day Juan Diego left before dawn to attend mass, and then to see the Bishop. This time, the Bishop told Juan Diego that he must bring a sign from the Heavenly Lady, or not to come back again.
Juan Diego did not return to see Her the next day, as his uncle, with whom he lived, was gravely ill. That same evening, the uncle, knowing his end was near, asked for a priest.
Early on Tuesday, December12th, Juan Diego set out to summon the priest. Fearing that the lady would detain him, he took a different rout, but as he came to the foot of Tepeyac hill, She stopped him. " Where are you going"? She asked the distressed Juan Diego.
He told Her about his uncle´s illness. " Do not concern yourself, your uncle is now well". Our Lady of Guadalupe´s first of many miracles!
"Now, go to the top of the hill and gather flowers". There are never flowers there, only rocks, he thought to himself. T this amazement, he found the hill carped with flowers, which he then gathered and placed in his tilma*. "This is the sign that you shall take to the Bishop, so that he will believe My words to you".
After much waiting, the Bishop received him. When Juan Diego unfolded his tilma, a cascade of fragrant flowers fell to the floor before the astonished Bishop, and on the tilma appeared imprinted the Image of the Heavenly Lady, just as Juan Diego had seen Her on the hill.
The sacred Image of Our Lady of Guadalupe is the only physical manifestation the Holy Virgin has ever given to the world. To this day, Her Image remains in Her sacred house at the foot of Tepeyac, where each day She is visited and revered by thousands of Her children.
Juan Diego was given the custody of Her Basilica, where he remained until his death. He was beatified by Pope John Paul II on May 6, 1990, and canonized July 31, 2002. His feast is to be celebrated on December 9th.
Over the centuries, Her Images has been studied by painters, doctors and scientists from many countries, all unanimously agreeing that it was "painted by brushes not of this world". With the canonization of Juan Diego, the Church has confirmed this miracle.
Pop John Paul II has prophesied that the basilica of Our Lady of Guadalupe will be the center "from which the light of the Gospel of Christ will shine out over the whole world by means of the miraculous Image of His Mother". Also, the Holy Father has now declared that "the feast of Our Lady of Guadalupe, Mother and Evengelizer of America, be celebrated throughout the continent on December 12th".

* A cape of woven cactus fiber worn by the lower class native.

"I shall be there to listen to tour cries, your sadness.
I shall be there to cure your grievances,
your misery, your sufferings".

Mary is, and shall always be, the Mother of all mankind.
We must heed Her call to love and obey Her Beloved Son.









sábado, 16 de março de 2013

AS BODAS DE CANAÃ


As Bodas de Canaã” são a descrição do milagre da transformação da água em vinho, que Jesus operou em Canaã e a que S. João Evangelista assistiu antes de ter sido escolhido. S. João foi o único Evangelista presente e também o único evangelista que o descreveu no seu Evangelho.
A descrição d´ As Bodas de Canaã está entre as leituras mais belas e movimentadas que os “Evangelhos” registam.

Tantos foram os convidados que aceitaram comparecer à boda que ainda o banquete não ia em meio e já a Mãe de Jesus notara que iria faltar o vinho. “A Mãe” de Jesus, condoída pelo vexame que sofreriam os anfitriões recorreu ao Filho e disse-Lhe discretamente:
«- Não têm vinho!»
Ao que Jesus respondeu:
«-“Mulher”! Ainda não chegou a nossa hora!»
Resposta subtil e modo de dizer discreto: «- Viemos aqui para aceder a um convite e não para resolver as dificuldades dos outros!»
Mas Maria logo recomendou ao primeiro criado:
«- Fazei tudo quanto Ele vos disser!»
Jesus falara à Mãe, como pessoa divina que procedia segundo um programa superior. Vibrava já o coração de Maria, movido pela réplica do desgosto que sofreriam os anfitriões; mas o coração de Jesus, não é insensível às batidas apressadas do coração da Mãe e logo fez recomendações, ao servente:
«- Enchei as talhas de água!»
Dentro em pouco, e talhas cheias já Jesus continuava:
«- Leva-o ao chefe de mesa e pergunta-lhe se podes mandar servir.»

«Como se compreende, as Parábolas, foram escritas de modo a facilitar ao ouvinte mais fácil compreensão da mensagem.
Mas… em conjunto vai uma mensagem subliminar, que é a parte mais rica do texto.

O estudo do milagre das Bodas de Canaã, levou à conclusão de que a presença Jesus, de Sua Mãe e de alguns discípulos, quis tornar sagrado o “contracto nupcial” e dar relevo; e não só ao de Canaã, mas a todos. Dar-lhe dignidade de “Sacramento”, chamar a atenção para a grande importância que a estabilidade matrimonial produz no Lar e no equilíbrio social; para defesa das necessidades basilares dos mais desfavorecidos: viúvas, crianças, idosos e doentes.

O milagre da transformação da água em vinho, atestando desde logo a divindade de Jesus, tornou conhecidas as “Bodas de Canaã” em dimensão e dignidade que ninguém ousaria esperar.

O milagre é apontado como forma de oferecer aos noivos uma rica “prenda de casamento”; como quem compreende que “inícios de vida”, nem sempre fáceis, e que as prendas válidas são “bem vindas”.

A descrição do milagre e o modo solícito, como o Filho acede aos pedidos da Mãe não tem passado despercebidos e são forte razão pela qual continuamente recorremos à Mãe de Deus!

2ª PARTE

Quando Jesus mandou apresentar o vinho ao chefe de mesa, iniciava-se aqui a segunda parte da belíssima Parábola.

Na continuação do repasto Jesus aparece agora sentado na presidência da mesa, no lugar do Noivo e o ambiente assume ar de “boda nupcial”!

«- Falta a noiva!»
Pensavam alguns comensais…
«- A noiva somos nós… «Membros de uma Igreja que Jesus veio criar!»

O chefe de mesa provou o vinho e ficou admirado com a qualidade!
Levantou-se e foi ter com o Noivo exprimindo-lhe a admiração que lhe ia na alma, devido à excelência do néctar.

- Os outros servem primeiro o bom vinho e, mais tarde, quando já têm bebido bem, servem-lhes vinho inferior!
Tu mandas-te servir do melhor vinho de início e serves-lhe “outro muito melhor”… ao fim!
Era quanto o chefe de mesa queria salientar:
«Quanto melhor conhecemos Jesus, melhor sabemos apreciar os seus ensinamentos.»

Jesus não respondeu! Os conhecimentos do chefe de mesa não atingiam ainda os elevados meandros onde se movimentava Jesus.


Como podia o chefe de mesa saber que este banquete, em que a água foi transformada em vinho, era prenúncio de outro banquete mais importante, a realizar numa “quinta-feira”, em que Jesus transformaria o vinho no seu Sangue, e pão no próprio Corpo.
Mas, para o chefe de mesa, «transformar água em vinho, já era facto inequívoco de que só “a Divindade” podia operar!»

Passaram-se três anos, em que o “Noivo” pregou o Reino de Deus pela Palestina e o arquitriclino pode ter tido conhecimento de um repasto semelhante, realizado em Jerusalém, na Cidade de David. No Cenáculo.

O Noivo desta vez oferecera uma Ceia!
Se na boda de Canaã Jesus fizera com que a água se transformasse em vinho, desta vez fez com que o vinho se transformasse no Seu próprio Sangue e que o Pão se transformasse no Seu Corpo. Teria sabido que o Pão, partido na presença de todos, foi por todos distribuído.
O seu corpo crucificado foi, no dia seguinte oferecido aos Homens, no Gólgota!
Durante a Ceia, todos comeram do seu Corpo e beberam do seu Sangue.

E o arquitriclino pensava «De facto, «Esta oferta é muito maior que a oferta de Canaã»
A transformação da água em vinho foi um milagre de que Jesus se servira para mostrar a Sua Divindade.
«- Se Jesus fazia milagres! Se era filho de Deus! Então Jesus era Deus!» Pensava para si!

Já se falava há muito na vinda do Filho de Deus, que devia vir para salvar a humanidade.
As Bodas de Canaã ajudam a compreender o mistério, da vinda do Filho de Deus
ao mundo!