Tinham
já passados uns anos depois que numa noitada das Feiras Francas ali encontrei o
alegre cantar de José Cachadinha e o desafio da
concertina.
Numa
Segunda-Feira, dei uma volta pelo belo centro histórico de Ponte de
Lima.
Procurei naquele pequeno largo a
tasca do Senhor José Cachadinha e, qual não foi o meu espanto, ao dar com tudo
fechado estranhando, inquiri e logo me puseram ao corrente e contaram-me a saga
de José Cachadinha!!!
O que seria de ti, Ponte de
Lima, sem as tuas concertinas? Que fazer da Ribeira Lima sem cantadeiras! Oh
Minho da música, da dança e da animação… para onde irias sem
folclore?
Esta inesquecível Ribeira
Lima colorida, bem cantada e tocada e bem saboreada… só visto!
Ribeira alegre! Campos de
verdura fresca como a alegria do vinho verde, saltitante!
Gente esforçada e generosa…
cantadores que melhor cantam quando a “voz” mais lhes dói!
Os tocadores só emudecem
quando os braços já mal podem dar à concertina!
A gente do Minho é assim!
Vai de roda. Vai em frente e nem a generosidade não se lhe acaba! Vai até mais
não poder!
Zé! Fizeste
falta!
O Minho ainda precisava
muito de ti!
O que será da Ribeira Lima
se não houver quem a cante?
O que será de ti, Ponte de
Lima sem as tuas concertinas!?!
- Canta sempre
Zé!
Quem canta seu mal
espanta!
- Canta Zé”! Faz falta o
teu cantar!!!
A cantar também se
chora.
Pela tua Ribeira Lima,
parece ouvir-se ainda teu cantar.
Canta Zé!!! Canta
Cachadinha!
Podes cantar de
contente!
Era alegre o teu
cantar…
mc
santos leite
Sem comentários:
Enviar um comentário