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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Domingos Jorge

  Família do Beato
Domingos Jorge
Martirizada no Japão
Em 1619

«Os primeiros portugueses chegaram ao Japão em 1543»; mercê do entusiasmo de S. Francisco Xavier e do ânimo dos Jesuítas começaram a evangelização por Nagasaki, grande impório comercial, onde os católicos contavam duzentos e cinquenta mil fiéis.
Em 1587 já o “shogun Toicosama” criava os primeiros atritos com os cristãos obrigando muitos Missionários a viver na clandestinidade, disfarçando-se de mercadores e evangelizando de forma discreta.
Depois de um período de acalmia o shogun «desencadeou nova perseguição que viria a durar décadas, causando incalculável número de Mártires; dizimando famílias inteiras e sem poupar crianças de tenra idade». Não obstante a Igreja continuou a crescer.

Domingos Jorge e família
Entre inúmeros Mártires da fé destaca-se Domingos Jorge, natural de S. Romão de Vermoim, Maia, a esposa Isabel Fernandes e o filhinho Inácio de quatro anos de idade; Beatificados em 7.05.1867.
«Domingos Jorge passou pela Índia, como soldado e levado depois, por espírito de aventura, até ao Japão» onde casou com uma jovem japonesa, baptizada. O pequeno Inácio tomou o nome do fundador da Companhia de Jesus.
Um dia Domingos Jorge recolheu em casa dois missionários em serviço na localidade e «às 11 horas da noite do dia 13 de Dezembro de 1618», soldados assaltaram-lhes a casa e prendendo os missionários.
«Não foi com surpresa nem com pesar que Domingos Jorge recebeu notícia da condenação à morte pelo fogo, tendo este desabafo:

«Mais aprecio eu esta sentença do que se me fizessem senhor de todo o Império do Japão»

Domingos Jorge fez a pé o percurso para a “Colina dos mátires” acompanhado de outros cristãos condenados à morte em fogo lento
«Para impedir os cristãos de recolher relíquias, os algozes até os ossos lhes retalharam, para que ardessem mais facilmente».

Excerto do texto oferecido pelo emérito Arcebispo Bispo do Porto, D. Júlio Tavares Rebimbas, em 10.12.1994; Casa de Vilar, Porto.
Domingos Jorge, Isabel e o filhinho de quatro anos foram beatificados pelo Papa Pio IX em 7.05.1867, incluídos num grupo de 205 mártires.
O Papa publicou este Breve de beatificação:

«Domingos Jorge, com a esposa Isabel Fernandes e o filho de quatro anos, foi levada ao local do martírio pelos algozes. Dele se lê nas actas algo que parece prodigioso, pois, imóvel, sem dar um ai, ao ver a cabeça da mãe rolar, como se desejasse associar-se á confissão de fé da sua mãe, com a mesma alegria mostrada por ela, perante a admiração da multidão que presenciava, oferece ao algoz o pescocinho para ser decapitado».